Deficiência Auditiva -
A deficiência auditiva, de moderada a profunda, é a terceira maior deficiência entre os brasileiros. Dados estatísticos estimam que 1,5% da população brasileira, ou seja, cerca de 2.250.000 habitantes, sofrem de algum tipo de deficiência auditiva. Mostram, ainda, que 42 milhões de pessoas, acima de 3 anos de idade, são portadoras de algum tipo de deficiência auditiva, de moderada a profunda (OMS).
Hoje em dia para os problemas leves, moderados, severos ou profundos já existem soluções através de remédios, aparelhos, tratamentos especiais ou cirurgias.
Infelizmente faço parte deste grupo de deficientes Descobri minha doença aos 32 anos, casualmente.Um fato até meio cômico.Na época eu terminava o antigo curso de magístério e não me tocava para a dificuldade de entender o que aquela turminha da pesada falava durante o estágio.O que me chamou atenção foi a possibilidade de minha filha de 2 anos na época, ter algum problema auditivo, pois falava alto demais.
Foi assim que levamos a princesinha para uma avaliação cujo resultado foi perfeitamente normal. O médico
diante do resultado me fez algumas perguntas e sugeriu que eu também fizesse uma audiometria.Resultado:
quem apresentava perda auditiva era eu e não ela. O fato dela falar alto era uma forma de ser ouvida pela mãe que ouvia menos.rsrrs
O diagnóstico: Otosclerose.
A causa da otosclerose é hereditária. A doença resulta da formação anormal de osso que imobiliza progressivamente o estribo (o ossículo mais interno do ouvido médio), o que impede que as vibrações sonoras passem para o ouvido interno (surdez de condução). Na maioria dos casos de otosclerose, ambos os ouvidos estão afectados.
Aproximadamente 1 pessoa em cada 200 é afectada pela doença, a qual, na maioria dos casos, só é percebida na idade adulta. É mais frequente nas mulheres do que nos homens e agrava-se durante a gravidez e na menopausa.
Sintomas e sinais
A perda auditiva progride lentamente durante um período de 10 a 15 anos e é muitas vezes acompanhada por zumbidos e vertigens.
De lá pra cá, fiz alguns tratamentos visando estacionar a doença e alguns testes com próteses .Tive muita dificuldade de aceitar a perda e talvez isso impedisse a adaptação as próteses.Abandonei o magistério e com ele o sonho de lecionar história (minha paixão) Decidi fazer curso de estética ...mas isso já é outra história.
Hoje estou comemorando uma vítória. Consegui pelo SUS o que atualmente é direito de todos ,uma nova prótese mais específica para meu caso. Tenho certeza de que minha vida mudará significativamente a partir de agora.
O fator principal é a aceitação de mim mesma. A pior dêficiencia é aquela que nos impomos .Antes que o mundo nos exclua, somos nós quem nos excluímos do mundo, e assim nos tornamos cumplices da Exclusão Social.
Venci essa batalha!
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