domingo, 22 de novembro de 2009

Implante de chip para a visão


Muito interessante esta notícia.Todo incentivo deve ser dado a ciência quando ela se volta para melhorar a saúde e a qualidade de vida das pessoas.
Chips que prometem devolver a visão a quem não enxerga não são bem uma novidade. Em 2002, duas pesquisas, uma sobre implante de chip na retina e outra de implante de chip no cérebro, já mostravam resultados promissores na restauração da visão. Mas agora o Laboratório de Pesquisas de Eletrônicos (RLE) do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts) está desenvolvendo um chip que, implantado no globo ocular, leva, sem o uso de fios, a informação visual diretamente para o cérebro. A pesquisa está tão avançada que os testes clínicos começam em três anos. O que tem o chip do MIT de tão diferente dos já desenvolvidos para estar tão próximo de virar realidade? Enquanto os outros dois projetos ainda estão tentando fazer com que os implantes deem ao paciente a capacidade de reconhecer rostos e ler letras grandes, o do MIT já faz isso.



Eis aqui como funciona: o paciente que tem o chip implantado no globo ocular usa um óculos contendo uma minúscula câmera de conexão sem fio. As imagens captadas pela câmera são enviadas para o microchip, que as transmite ao cérebro. Os óculos também contêm uma bobina que transmite energia para as bobinas receptoras colocadas em torno do globo ocular. Quando o microchip recebe a informação visual, ele ativa os eletrodos que simulam as células nervosas nas áreas da retina correspondentes às características da cena visual. Os eletrodos ativam diretamente os nervos ópticos que carregam os sinais para o cérebro, contornando as camadas danificadas da retina. Para evitar danos provocados pela infiltração de água e prolongar a duração do implante, o microchip foi encapsulado em um estojo de titânio - material que também é de difícil rejeição pelo corpo humano.

Os pesquisadores dizem que esse sistema não vai restabelecer 100% da visão, mas dará ao paciente a capacidade de navegar por uma sala e reconhecer rostos. “Se eles puderem reconhecer os rostos das pessoas em um sala, poderão se integrar socialmente ao ambiente, em vez de ficarem apenas sentados esperando que alguém fale com eles”, diz Shawn Kelly, pesquisador do Laboratório de Pesquisa de Eletrônicos, do MIT.

O implante é destinado a pessoas que perderam a visão em função da retinite pigmentosa ou degeneração macular causada pelo envelhecimento. Os pesquisadores esperam obter com os testes clínicos informações que permitam refinar o algoritmo implementado no chip para produzir visão útil. O objetivo é criar um chip que possa ficar implantado por 10 anos e que não ofereça risco de danificar o olho.

Tópicos: Ciência e Saúde, (retirado da net)

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